Descubra o termo correto e os desafios associados
Diz uma velha máxima que “se não for capaz de explicar algo de forma simples, então, não o compreende totalmente”. Ainda que este pressuposto possa ser questionado, valemo-nos dele para iniciar este artigo com uma resposta curta e direta: “interpretação simultânea” é a expressão correta e refere-se ao trabalho feito por alguém que ouve o que determinada pessoa diz, numa língua de origem, e o interpreta em simultâneo, na forma oral, para uma audiência num outro idioma, a língua de destino. A tradução faz parte do processo, sim, todavia, a complexidade da tarefa exige mais do que a parte da tradução: é necessário passar a mensagem, o seu tom, as emoções associadas e as nuances de sentido que diferentes expressões têm numa determinada língua. Retomando a beleza da simplicidade: “tradução” refere-se a trabalhos escritos, “interpretação simultânea” é algo mais abrangente e refere-se a trabalhos ligados à oralidade. No limite, não existe “tradução simultânea”, exceto se nos quisermos referir a uma ferramenta de tradução automática e informatizada, como a que existe em websites de vídeos, mas que peca precisamente por ser literal, direta e simplista, incorrendo frequentemente em erro. 2
Mas… vejo muitas ofertas de “tradução simultânea”. Porquê?
É comum vermos a expressão “tradução simultânea” em referência àquilo que, conforme explicado anteriormente, é a interpretação simultânea. Neste ponto, impera o pragmatismo a que a comunicação muitas vezes deve obedecer: “tradução simultânea” é, com efeito, um termo mais inteligível por parte de quem não está tão envolvido com a temática e, como tal, é usado para garantir a clareza da mensagem. Parte da sensibilidade de trabalhos de comunicação, como tradução ou interpretação simultânea, passa precisamente por este equilíbrio entre a forma correta de aplicar os termos e a garantia de que o recetor vai compreender a mensagem.
E interpretação consecutiva, é a mesma coisa?
Outro termo com o qual se pode deparar é a “interpretação consecutiva”. A grande diferença para a interpretação simultânea reside na dinâmica com que a interpretação é feita – na interpretação consecutiva, que podemos ver, por exemplo, em algumas conferências de imprensa, o orador fala por “blocos”, sendo intercalado pelo intérprete que, num momento consecutivo, transmite a mensagem que acabou de ser dita para a língua de destino. A interpretação simultânea é bem mais complicada, pois é, literalmente, simultânea. Enquanto o orador discursa, o intérprete transmite em tempo real o que está a ser dito para uma audiência que, por norma, tem auscultadores dedicados para ouvir a referida interpretação.
A interpretação simultânea parece difícil…
Como o final do parágrafo anterior faz adivinhar, a tarefa de interpretação simultânea é complexa e difícil. Para além das condições técnicas muito específicas – é indicado que o intérprete esteja numa cabina insonorizada, com condições para ver e ouvir atentamente o orador, e o público-alvo tenha auscultadores para receber a interpretação -, o intérprete deve dominar totalmente tanto o idioma de origem como o de destino, bem como a temática sobre a qual incide a mensagem, no sentido de conseguir interpretar jargões específicos, terminologia técnica ou forças de expressão. Necessita também da sensibilidade para absorver e transmitir a emoção empregue à oratória e o tom com que é transmitida, garantindo ao máximo a sua transposição para o público-alvo, tudo isto de forma permanente e consistente, ao longo de toda a intervenção.
Quem conta um conto, aumenta um ponto, mas, numa interpretação simultânea, não podem ser acrescentados pontos. De ressalvar que a interpretação simultânea de um evento, conferência ou palestra são fundamentais para o sucesso dos mesmos.
Para que assim seja, ao procurar uma solução de interpretação simultânea, contacte uma equipa com experiência demonstrada e que possa fazer jus à relevância do serviço – Entre em contacto connosco para garantir que a sua mensagem chega a mais pessoas de uma forma exímia e completa.